domingo, 20 de junho de 2010

UM "ATÉ" NÃO TÃO PROBLEMÁTICO

Muitas palavras têm arrancado católicos para outras religiões. Entre elas está "até".

A Bíblia está cheia de textos com o ATÉ, que se formos interpretar à maneira do protestante, será um absurdo. Os textos seguintes são exemplos disso.

"E Micol, a filha de Saul não teve filhos até o dia de sua morte" (2 Sm 6, 23).

Então, ela teve filhos após sua morte?

“Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus pés.” (Salmos 110,1)

Quer dizer que depois de ter os inimigos debaixo de seus pés, aquele Triunfador não estará mais sentado à direita do Senhor? Absolutamente não; porque aí é que vai começar a época melhor de reinar, de sentar-se glorioso, com os inimigos vencidos e subjugados a seus pés.

Mas este é o estilo da Bíblia. Não podemos, portanto, tomar uma frase bíblica e querer à fina força interpretá-la de acordo com o nosso modo de falar de hoje, dentro da nossa língua; ela tem que ser vista como realmente é, uma palavra da Escritura que tem o seu estilo próprio, a sua linguagem peculiar.

E argumentar, muito entusiasmado, com estas frases que enganam à primeira vista, é mostrar apenas falta de conhecimento do que é a Bíblia.

José não conheceu a Maria, até que ela deu a luz a seu filho, quer dizer simplesmente, segundo o modo de falar das Escrituras, a afirmação de que Maria era virgem por ocasião do seu abençoado parto; essa afirmação absolutamente não é destruída por esta outra que também é verdadeira: Maria continuou virgem a sua vida inteira, ATÉ que morreu, e que por sua vez também não quer dizer que ela tenha perdido a virgindade depois da morte." (Lúcio Navarro)

2 comentários:

Profº Francisco Gondim disse...

Mas onde está dizendo que ela morreu virgem? Lembre-se da condenação para aqueles que acrescentarem alguma coisa à Bíblia.

Uma pergunta que não quer calar: qual o problema em José ter conhecido Maria, após o nascimento de Jesus?

Será que Jesus só o Filho de Deus, se Maria tiver morrido virgem? De onde sai isso?

Dá dó uma mentalidade do tipo dessa que inventou e acredita em tal asneira.

blogdexavier.blogspot.com disse...

Não há em nenhum lugar na Bíblia fazendo referência a filhos de Maria, mas a irmãos de Jesus. É claro que poderia ser a mesma coisa, mas no caso específico não é, tendo em vista que já está provado que "irmão" não significa filho do mesmo pai e mãe. Pode ser apenas um parente. Na Bíblia há diversos casos. Para comprovar isso e tomar todos os becos, obseve que só havia dois Tiagos que eram apóstolos de Jesus: um era filho de Zebedeu e o outro, filho de Alfeu. Na carta aos gálatas, Paulo diz não ter visto a nehum APÓSTOLO a não ser TIAGO, o irmão do Senhor. Pronto! Aí a mente protestante interpreta: Tiago, irmão de Jesus. O Tiago que Mateus faz referência em 13,55. A interpretação protestante mais uma vez se atrapalha, a não ser que queiramos dizer que o Tiago era filho de Zebedeu ou Alfeu com Maria, o que seria um tremendo chifre que ela dera em José.

Os argumentos a favor de Maria ter morrido virgem estão no fato de ela não ter tido nenhum irmão. Abraão uma hora era irmão de Lot e outra hora era tio. A bíblia usa as duas palavras para a mesma situação.

Não há problema em Maria ter conhecido José. O fato é que o "ate" não pode ser interpretado como em português. Se assim for, então considere os "atés" que citei na postagem anterior e veja que bela interpretação.

Sobre o acréscimo de algo na Bíblia, Lutero deve ter explicado antes de morrer, porque aqui se aplica o caso de "quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha? Quem veio primeiro? Lutero ou a Igreja de onde ele estava? Não será verdade que ele usava a bíblia completa e depois preferiu retirar aquilo que não interessava a seus caprichos? POr coincidência ele retirou as passagens que não interessava à novíssima doutrina que ele diz ter descoberto da Igreja que as portas do inferno prevaleceram contra ela. Assim, as palavras de Jesus não foram autênticas.

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